segunda-feira, outubro 29, 2007


QUANDO ERA PEQUENINA





Sempre que estou mal, com receio de estar farta da vida, relembro-me daquela cassete. Quando eu estava com o fato verde, toda sorridente, muita enérgica e desfilava por aí, na rua , tal como uma manequim. Era uma criança cheia da vida, era simplesmente uma luz para mim. Tão orgulhosa que eu ficava !

Desfilava, mostrava o fato à avó, ao avô, ao tio bigodes, à tia Noémia, a toda gente; fazia caretas, pousava para a câmara, dava beijos. Era uma criança feliz!

Ignorava completamente que não ouvia, percebia que a felicidade não estava nas coisas mas sim em nós.

Escorrem-me lágrimas de felicidade pelo rosto já velho, encolho-me em mim própria e reflicto:

Que criança tão feliz fui eu!

Rita




quarta-feira, outubro 24, 2007

Continuação do conto de Vergílio Ferreira,

“Uma esplanada sobre o mar”



O médico deixou-me bem claro – disse o rapaz. Que tenho três meses de vida, que devo aproveitar bem o tempo que me resta de vida , que viva cada dia que passa, pois não há cura.

Mas como isto aconteceu... – disse a rapariga sem fala, chocada, lágrimas incontidas.

O Sol pôs-se paralelamente ao mar, um pôr de sol com cores de paixão que criavam reflexos no horizonte todo, as ondas iam sendo invadidas pela cor de amor... ou de sofrimento.

Quis-te poupar o sofrimento, meu amor – continuou o rapaz.

A rapariga aproxima-se mais dele, arrastando a cadeira de madeira. Dá um beijo inocente ao fruto, agora, proibido e disse:

Estou contigo, farei o possível para que sejas feliz nestes últimos dias, tens todo o meu amor. Viverás feliz, que é tudo o que eu mais quero!

Acabam por se abraçar fortemente e, por entre lágrimas, dar um beijo apaixonado!

Rita



domingo, outubro 14, 2007


OS TRÊS TEXTOS...

Os 3 textos (os poemas de Fernanda de Castro e de Fernando Pessoa e o pequeno excerto de O Principezinho de Antoine de Saint- Exupery) acabados de ser analisados têm, quanto a mim, em comum: a sabedoria da vida, a paixão de fruir apenas aquilo que nos faz realmente felizes e dar graças à pessoa que somos. De ter a capacidade de receber e de dar amor à vida por motivos certos e não à força, amar por compreensão. Podemos ser felizes de muitas formas, de uma maneira própria. Quem é que será a felizarda, o sortudo, a ter a sorte a capacidade de ver uma flor florir? Quem é que terá esta sorte de estar apaixonado e ser amado? Quem é que não vai à luta por aquilo que realmente ama? A vida é mesmo uma inspiração, enfim temos é de andar à procura da felicidade, concretizar os sonhos, aprender com os erros e saber lidar com eles.

Neste momento, sinto que o “meu defeito” é o que tenho de melhorar. É isso que quero fazer. Bola para a frente!

“Amo-me a mim própria com os nervos, o sangue e o coração.” E vocês, meus caros amigos?

Rita

*** “amei!”, exclamou a stora :=))))



terça-feira, outubro 09, 2007


A minha melhor história



Depois de um dia cansativo, de dar um grande passeio em Fátima, para conhecer um pouco da cultura do local, da vida religiosa, eu estava de rastos, então fui descansar para o autocarro. De repente, vem uma moça, muito bonita, que se dirige a mim e me pede o meu email para o seu filho. Fiquei espantada... nem sequer a conhecia e já me pedia uma coisa destas!

O meu email para o seu filho? – perguntei eu para confirmar se não haveria algum engano. Sim, Rita – confirmou ela!

A minha admiração era tão grande que, sem tão pouco pensar, respondi: Ah, está bem, espera um momento que vou procurar um pedaço de papel. Então, se bem me lembro, com a caneta azul, fui escrevendo e dei-lhe o endereço.

Obrigada, Rita! – disse a moça. De nada. – respondi eu.
Depois de ela virar costas, questionei-me a mim própria … mas o que é que se passou... Passava-me muita coisa pela cabeça mas preferi aguardar, não precipitar nada.

Depois o tal filho adicionou-me... depois falámos, depois surgiu uma amizade inesperada, ajudávamo-nos um ao outro, em conjunto ultrapassávamos os nossos problemas e sorríamos juntos.
Ao longo de seis meses mantivemos e aprofundámos a nossa amizade, pura, virtual. Um dia, decidi marcar um encontro na piscina ao pé da minha casa.

Um dia lindo, memorável =)

Nervosa, ansiosa estava eu naquele dia... Sentia um formigueiro na barriga. Mas foi simplesmente lindoooooooooooooooooooo, estávamos tão nervosos que não falámos muito. O nosso diálogo quase não foi além de... Está muito calor, não é? – perguntava eu.
Sim, muito. – respondia ele rapidamente...

Até que a dada altura me saiu a pergunta:
Posso dar-te um beijinho? Todo baralhado ... ele, respondeu… ah sim, pode ser… Depois, depois…Demos muitos miminhos que as palavras foram em vão.

E o dia foi passando. Quando nos despedimos, decidimos marcar um novo encontro. Depois desse dia maravilhoso, outros se lhe seguiram e passámos a ser namorados.

Os meus dias maravilhosos aumentaram e já lá vai há um ano que namoro.

A vida é mesmo uma caixinha de supresas...

Rita


P.S. - Um grande obrigado a toda a Gente, a Deus, à moça, que teve a feliz iniciativa de me pedir o endereço de email. E, naturalmente, ao meu pequenino que me faz tão feliz!

Nota - a stora 'deu uma mãozinha no texto'.




quinta-feira, outubro 04, 2007







PALAVRAS



Para mim, a palavra é melodia… posso balbuciar e ouvir mal mas consigo ver com ela, para além dela. Pode ser grande, pequena, feia, comprida, complicada mas mesmo assim é bonita.

É uma bonita troca, a das palavras entre 2 parceiros, ou grupo, seja o que for! É através das palavras que podemos felicitar quem amamos... ou não...

Sem palavras, o mundo era vazio. São a peça fundamental para o nosso crescimento.





Silêncio


"roubada" à... pois!... :)))



Normalmente, costumo dizer que conheço o “silêncio”, que é meu amigo todos os dias, que por vezes vive em mim. Esteja eu onde estiver, a sua presença também conta.

Mesmo que não queira senti-lo, vivê-lo, está sempre aqui, em mim, sem a minha autorização. Ocupa a minha liberdade de ouvir ruídos, principalmente à noite, quando vou dormir. Durmo - o silêncio comigo.