quarta-feira, outubro 24, 2007

Continuação do conto de Vergílio Ferreira,

“Uma esplanada sobre o mar”



O médico deixou-me bem claro – disse o rapaz. Que tenho três meses de vida, que devo aproveitar bem o tempo que me resta de vida , que viva cada dia que passa, pois não há cura.

Mas como isto aconteceu... – disse a rapariga sem fala, chocada, lágrimas incontidas.

O Sol pôs-se paralelamente ao mar, um pôr de sol com cores de paixão que criavam reflexos no horizonte todo, as ondas iam sendo invadidas pela cor de amor... ou de sofrimento.

Quis-te poupar o sofrimento, meu amor – continuou o rapaz.

A rapariga aproxima-se mais dele, arrastando a cadeira de madeira. Dá um beijo inocente ao fruto, agora, proibido e disse:

Estou contigo, farei o possível para que sejas feliz nestes últimos dias, tens todo o meu amor. Viverás feliz, que é tudo o que eu mais quero!

Acabam por se abraçar fortemente e, por entre lágrimas, dar um beijo apaixonado!

Rita



1 Comments:

Blogger wind said...

Tão belo, tanta ternura e tão bem escrito:)
Beijos

10:39 da tarde  

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