Continuação do conto de Vergílio Ferreira,
“Uma esplanada sobre o mar”
O médico deixou-me bem claro – disse o rapaz. Que tenho três meses de vida, que devo aproveitar bem o tempo que me resta de vida , que viva cada dia que passa, pois não há cura.
Mas como isto aconteceu... – disse a rapariga sem fala, chocada, lágrimas incontidas.
O Sol pôs-se paralelamente ao mar, um pôr de sol com cores de paixão que criavam reflexos no horizonte todo, as ondas iam sendo invadidas pela cor de amor... ou de sofrimento.
Quis-te poupar o sofrimento, meu amor – continuou o rapaz.
A rapariga aproxima-se mais dele, arrastando a cadeira de madeira. Dá um beijo inocente ao fruto, agora, proibido e disse:
Estou contigo, farei o possível para que sejas feliz nestes últimos dias, tens todo o meu amor. Viverás feliz, que é tudo o que eu mais quero!
Acabam por se abraçar fortemente e, por entre lágrimas, dar um beijo apaixonado!
Rita
1 Comments:
Tão belo, tanta ternura e tão bem escrito:)
Beijos
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