quinta-feira, junho 28, 2007

... nas férias - IV

Visita de estudo às Caldas da Rainha: I.P.L e M.C.


Estava combinada a hora da partida para uma visita de estudo com destino às Caldas da Rainha, mas atrasámo-nos um bocadinho porque alguns alunos não chegaram a horas. Esperámos mais ou menos meia hora, chegaram todos e, enfim, ficámos felizes por finalmente podermos seguir viagem.
Mas o protesto do professor de HCA ao Motorista, a respectiva distracção deste para o atender, criou um pequeno acidente... Batemos contra o semáforo, partiu-se o espelho retrovisor.
Um susto, mas ninguém se feriu. Situação incómoda, esperámos mais cerca de uma hora para chegar a polícia, o autocarro substituto bem como outro motorista.
A viagem durou um pouco mais de uma hora, sem paragens nenhuma, pois já estavámos muitos atrasados.
A primeira coisa que fizemos quando chegámos ao destino foi visitar o I.P.L, com muitos cursos semelhantes aos da nossa escola. Simplesmente amei conhecer. O Instituto está muito bem situado, no meio de um pinhal. Agradou-me o facto de ter muitos cursos e as pessoas serem amáveis e simpáticas também me agradou..
Almoçámos na cantina do Instituto.
De seguida ainda tivemos um tempo para descontrair, conversando com os amigos.
Por fim, fomos ao último destino: o Museu de Cerâmica. Não gostei. Mesmo nada =P
Para acabar o dia de visita de estudo ainda tivemos oportunidade de passear pelo parque e de provar alguma doçaria tradicional
Na hora da partida, um incidente, não sabíamos onde estava o autocarro. Esperámos cerca de meia hora até que ele aparecesse...

Foi um grande dia, embora cansativo... Mas valeu a pena!

Para concluir, devo registar que gostei mais da parte da manhã, do convívio e da companhia dos amigos.

Às vezes penso neste Instituto para o meu futuro mas… nunca se sabe.... =)



quarta-feira, junho 27, 2007

... nas férias - III



A minha opinião sobre o artigo



• “Os surdos sentem-se felizes assim…” Custa-me acreditar ser verdade pois nem eu, como surda, sou feliz. Quando acabam as pilhas do aparelho fico desesperada pois fico com imensas saudades de ouvir. Por vezes não me apetece nada usar aparelho por doer a orelha, devido ao peso do aparelho, mas passada uma hora, volto a pô-lo, sem dúvida. Nem sei como é possível não ouvir nada em pleno toda a vida... É um pesadelo.

• Concordo com a opinião expressa por admitir que alguns surdos dominam mal a escrita. Eu não queria terapia da fala nem apoio de português, hoje reconheço que me ajudou a melhorar. Graças a esse esforço, consegui envolver-me com o Mundo dos Ruídos, dos sons. Ainda recordo o meu choro durante o caminho para a terapia da fala, implorava à minha mãe: hoje não, por favor, mãe! Na próxima eu vou...
• Discordo da afirmação que é bom ser surdo, na minha opinião, de surda, há algo de incompleto para o Mundo dos Ruídos, dos sons.

• E também discordo completamente (fogo!) do facto dos pais surdos quererem um filho surdo. Eu, mesmo surda, casada com um ouvinte, ou surdo, seja o que for, quereria sempre ter um filho ouvinte para que não sofresse como eu.

• Fiquei admirada com a alta percentagem de surdos que casam com surdos por fazerem parte de uma mesma cultura... Sei perfeitamente que a relação ficava mais claro mas, ao mesmo tempo, também era tão bom ter um parceiro ouvinte para que me ajudasse nas situações problemáticas, incompreensíveis. Ficava mais descansada e muito mais feliz se tivesse um parceiro ouvinte. E ele também poderia ficar enriquecido com “os meus silêncios”.

• Estou perfeitamente ao lado das mães para que seus filhos surdos tenham muita, e eficaz, terapia da fala pois só assim é que vão compreender melhor o mundo real. Graças a minha mãe, teimosa, a empurrar-me desde pequenina, que agora namoro com um ouvinte, que sou muito feliz e ajudada. Obrigada aos dois e a Deus por ser forte!

• Penso que uma criança surda deve aprender Língua Gestual, desde muito cedo, mas deve também aprender a perceber e a expressar-se oralmente. Ser absolutamente bilingue só a irá ajudar na sua plena inserção na sociedade.

• Gostei muito da “janela” onde se destacam as diferenças. Parabéns.

• Não me agradou a parte do artigo onde se afirma que os surdos não conseguem fazer Leitura Labial pois eu sei que são capazes... Com fé, perseverança, determinação, conseguem sim! Tal como eu consigo! =)))


  • Comentem... que quero saber as vossas opinões! =)



terça-feira, junho 26, 2007

... nas férias - II


O meu trabalho visa referir a diferença entre a importância da maquilhagem em duas épocas distintas: no séc. XVIII e no séc. actual.

No séc.XVIII, a maquilhagem era muito importante pois ajudava a mulher a ter aparência quase divina. Mesmo algumas pessoas, as das classes mais desfavorecidas, a usavam para parecerem o que não eram. Pensavam que a maquilhagem “escondia”... por ex: o seu estrato social, ou então, por debaixo da maquilhagem, a sua cara. Ao mesmo tempo também queriam ser adoradas, encantar os homens, mostrando-se assim.
O mais importante era o pó de arroz, o mesmo que a base actual, que ajudava a disfarçar as manchas ou pontinhos negros. E o negro que contornava os olhos para dar um olhar mais profundo e mais singular, dando aparência da “janela aberta” para a vida.
O pó avermelhado que as mulheres colocavam na parte superior da face também contribuía para os embelezar, dando-lhes uma aparência mais saudável.
Por fim, o vermelho nos lábios, a parte do rosto que mais chamava a atenção para uma possível paixão calorosa.

Na época actual, cada pessoa maquilha-se como quer, a nossa sociedade, hoje, não tem um só conceito da beleza.
Hoje é-se abertamente livre para usar o que apetecer. É de livre escolha de cada uma, ou “cara lavada”, ou ligeiramente maquilhada ou muita pintada...


Em geral, prefiro a época actual pois parece-me que a mulher tem mais liberdade para ser ela própria.



Nas férias, colocando blog em ordem - I



Depois de ter um passado um muito mau tempo, de ter perdido o pai, da doença da mãe e dos cuidados que lhe prestara, porque mais ninguém se preocupava com o seu estado de doente terminal, apesar de serem uma família riquíssima, de um irmão que se meteu nas drogas e do ex-namorado, muito egoísta, que, de início estava sempre a elogiá-la, acarinhando, mas que acabou, depois de se ter aproveitado bem, por abandoná-la na rua, rodeada de sem-abrigos, de bêbados, insegura, desemparada, infeliz...
Magoada com a vida... Questionava-se a si própria se alguma vez ela seria feliz, se a sua felicidade importaria a alguém...
Passou a ser a pessoa mais triste do mundo, ouvia música, triste, sozinha, vai ao cinema, trabalha à noite como condutora de metro, porque sentia que assim é que não se ia intrometer com ninguém. (Em vez de se preocupar com ela própria, preocupava-se, como sempre, com os outros.)
Tentava sempre fugir à rotina da vida. Evitava andar de metro à hora do almoço, fazer ioga, ver teatro, arranjar as unhas...
Certo dia, conheceu um miúdo fantástico, com Síndrome de Down. Tropeçou nele enquanto fazia as compras, num mini mercado de pouca vizinhança, e de poucos metros de espaço.
Logo o primeiro olhar que trocaram, marcou-a por ter sentido como que uma premonição e ela, descobriu-o logo, morava perto do centro hospitalar onde estava instalado o rapazito.
Com o passar dos tempos, ficaram muitos amigos, e este menino ajudou-a a encontrar a felicidade, a fazer novos amigos, a encontrar uma casa com vista para o mar, coisas que ela desejava muito. Aí! Como o especial menino gostava muito dela por ser compreensiva para com ele apresentou-a ao seu irmão que também era solteiro.

E voltou a ser feliz...

Agradeceu àquele menino por orientar a sua vida, por ser seu amigo.

Agradeceu a Deus por ser a mulher mais feliz do mundo...


P.S» - os “especiais” têm um feitiozinho especial que raramente conseguimos ver =)



***** Verdade... diz a Stora